Olha ele aí, ta até amarelado já, de tanto esperar kkkk |
O livro conta a história do casal perfeito,
A vida dos dois começa a desmoronar, principalmente de Jessica, uma jovem que já havia perdido pai, mãe e irmão, e tem em Ian sua única familia. Agora, tem que enfrentar sozinha as responsabilidades de arcar com todo o processo e encarar o fato de que seu marido cometeu um grande erro.
Basicamente, essa é a trama da história. Parece bem comum e corriqueira, mas me surpreendeu. Não sou muito fã de romances, mas gosto bastante de dramas e a partir do momento em que a vida perfeita dos dois se torna um pedaço do inferno, acaba ficando muito interessante. Todo o ocorrido acaba desencadeando uma série de acontecimentos que poem à prova o relacionamento dos dois. Acontece de tudo: erros passados acabam vindo à tona, os podres de cada um aparece, Jessie se afunda em dívidas e Ian se sente o pior homem do mundo por ter cometido um erro impulsionado por alguns copos de bebida. Quem diria que uma desconhecida que cedera a uma cantada causaria tanta confusão?
Sem falar que no desenvolvimento da história, é possível perceber o quanto, apesar de todas as tribulações, os dois se amam. Até eu passei a amar Ian depois de tudo que li.
Ela, a culpada, Danielle Steel. |
Tudo isso mostra o que de fato um casamento deve ser: na alegria e na tristeza, na saúde e na doença... Agora e Sempre. Danielle Steel conseguiu retratar um casal como muitos que há por aí com exatidão e mostrar que ninguém é perfeito e nem precisa ser, mas conseguiu mais ainda tornar uma protagonista aparentemente mimada e infantil em uma mulher forte e perseverante, que chega ao final da história renovada e pronta para uma vida muito mais plena. O sofrimento ensina.
Eu acredito que este vá entrar pro meu rol de livros preferidos, pode até não ser uma obra secular e Oh-Meu-Deus-Que-Incrivel-Nunca-Tinha-Visto-Algo-Assim, mas por que é mais ou menos esse o estilo que escrevo: não inventar uma nova realidade fantástica em que incluir os personagens, mas tirar de dentro deles suas próprias histórias e esmiuçá-las, fazer as pessoas facilmente se identificarem com o que é dito ali. Eu, pelo menos, admiro muito quem consegue descrever o que eu vivo com perícia. Descrever sentimentos, ações e circunstâncias e nos fazer olhar para dentro, entender o que nos move, fazer com que enxerguemos a realidade com mais cuidado.
A escrita de Steel me cativou, mesmo com a tradução dos anos 70 um pouco capenga (hehehehe), por ser verdadeira, por não ter meias-palavras, sem ser muito cheia de fru-frus, exata e ao mesmo tempo delicada. Só pela maneira com que o livro é escrito, os olhos deslizam pelas páginas e quando se dá conta você já se sente melhor amiga de Jessica Clarke e se vê tendo uma quedinha por Ian Clarke. Mais do que uma trama bem amarrada, o escritor precisa cativar o leitor com as palavras que escolhe para contar a história. E Steel, não sei por que demorei para ler seu livro, mas você ganhou meu respeito.
Até a próxima, opa, o próximo - "Coma", de Robin Cook :)
Tenho esse livro aq em casa há séculos e nunca me interessei por ele. Depois desse post ele entrou na minha lista de "próximas leituras". É da coleção SuperSellers? Tem uns encalhados aq, rs.
ResponderExcluirGostei muito. Parabéns!
É, sim, Angela, eu gostei muito, não sei se fará seu genero, mas eu pelo menos adorei. Boa leitura!
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