Em Cartaz - "Detona Ralph"

Eu sou uma admiradora da Disney de longa data, como muitos de nós que lêem o blog. E essa semana fui ao cinema ver o mais novo lançamento da casa do Mickey: "Detona Ralph", uma animação em 3D que é, no mínimo, uma mistura de nostalgia e fofura que me deixou feliz.


Ralph é o personagem grandão e fortão de um jogo de fliperama chamado "Conserta Félix Jr.", onde basicamente o tal Félix é encarregado de consertar tudo que Ralph "detona" - um prédio com moradores simpáticos que agradecem alegres cada conserto de Félix e desprezam o destruidor Ralph jogando-o na lama ao fim de cada partida. 

Quando as luzes da casa de jogos se apaga, a vida nos fliperamas prossegue: todos os personagens ganham vida além da tela, tem suas casas e cidades muito bem organizadas e cada um vive tranquilamente no seu jogo. 

Mas Ralph (voz de Rafael Cortez), por ser um vilão, não é lá um dos preferidos pelas redondezas e mora num lixão, onde vive solitário. Sua maior ambição é um dia ser como Félix, adorado e querido por todos, ganhar homenagens daqueles que ajuda e, acima de tudo, ter uma medalha como todo herói no final dos jogos. Um reconhecimento. E sua grande epifania surge quando invade a festa de Félix e literalmente detona a diversão alheia. Ele não quer ser assim, não quer ser mau. Só quer que gostem dele e percebam que ele também é importante.

As vozes brasileiras de Vanellope e Ralph - Mari Moon e Rafael Cortez

Ralph decide invadir outro jogo - o que é muito perigoso - para conseguir seu feito e sair como herói de uma grande aventura. Ele invade o "Missão de Herói", um jogo bem mais tecnológico, onde é travada uma guerra entre humanos e insetos gigantes (insetrônicos), cujo maior feito é premiado com uma medalha. É ali que Ralph vê sua maior chance de ganhar o que deseja. E consegue, mas algo sai errado quando ele perde o controle da situação (trocadilho infame), tentando escapar de um dos insetos gigantes que devoram tudo que encontram, então acaba indo parar em um segundo jogo, o "Corrida Doce", numa cidade toda feita de doces. 

Sua medalha acaba indo parar nas mãos de Vanellope (voz de Mari Moon), uma garotinha esperta e espevitada que vive no jogo de corrida, mas nunca pôde correr por ser considerada um "bug" e sonha em ser uma corredora. Mas ela faz um acordo com Ralph: só devolve sua medalha se ele ajudá-la a vencer a corrida. A partir daí nasce uma grande amizade entre os dois, onde Ralph começa a entender que ser um dos vilões é crucial para que exista um herói e começa a descobrir que pode fazer muito mais do que só destruir coisas.

Eu adorei a história e confesso que me surpreendeu bastante. "Detona Ralph" trouxe uma sensação de nostalgia ao vermos tantos personagens antigos e novos andando por aí como se fossem reais e para muitos de nós, eles foram e são reais. Os jogos fizeram parte de muitas vidas e até hoje conquistam fãs. Relembrar a época dos fliperamas e dos personagens ultrapixelados (hehehe) nos fez lembrar o quanto nos divertíamos em épocas mais simples, trouxe um gostinho de infância tão bom que dá vontade de rever várias vezes.

Ralph e Vanellope nos fazem entrar no fliperama e pensar que todos nós temos um papel durante a vida. Seja ele qual for, ele se torna necessário para equilibrar as outras vidas ao nosso redor. Já pensou nisso? É um desenho, mas se você parar para pensar, é sobre se sentir importante. E sobre aprender a amar a si próprio. 

Assistam assim que puderem e quem já viu, reveja. É bom lembrar da infância, de como uma ficha do "fliper" nos deixava felizes.

Ficha Técnica

"Detona Ralph"

Disney, 2012, EUA

Elenco (americano): John C. Reilly, 

Sarah Silverman, entre outros

Gênero: Animação

Duração: 107 minutos

Até a próxima!