8 de maio de 2012

Tudo que ele não é

Queridos, hoje estou completando um ano de um acontecimento que com certeza alterou minha vida. Hoje faço um ano de namoro. O que isso significa eu explico.


Completar um ano de namoro em dias como os nossos é uma grande vitória - até porque quem quer namorar hoje em dia? Já falei do valor de um relacionamento sério aqui no blog e vocês mesmos sabem como as pessoas estão fúteis, com seus amores voláteis, trocando de paixões como quem troca de roupa. Isso já está bem claro.
Acredito que chegar a um ano é ainda maior quando se tem relações à distância. Toda a tensão, todo o estresse, toda a saudade, toda a chateação de não poder estar perto quando precisa, de não poder fazer os programinhas de fim de semana que todos os casais fazem, de estar sempre dependendo do tempo, contando meses, dias, horas, minutos e segundos para o próximo reencontro... Mas por outro lado, sinto como se estivéssemos juntos há séculos. De alguma forma, a distância acaba fortalecendo - e aproximando - muito mais  do que separando. 
Mas aos que se perguntam o que nos mantem juntos até os dias de hoje, surpresa, eu também não sei, haha. Uma vez eu li que você pode ter um milhão de motivos para odiar uma pessoa, mas se tiver pelo menos um para amá-la, é suficiente. E eu acredito que ninguém saiba responder com clareza aquela pergunta "Porque você o (a) ama?". E apenas tentando responder essa pergunta, me veio à mente uma resposta: "Por tudo que ele não é".


Meu amado não é romântico, não manda flores, não escreve poemas, vive se esquecendo de datas (às vezes sequer menciona), não é um galã da novela das oito, mas também não é um ogro. 

Ele não gosta de conversas muito longas sobre um único assunto, não gosta das músicas que amo, não vê os filmes que eu vejo, não lê mais do que o essencial ou o que seja de extremo interesse dele - ou de estrita aplicação prática.
Ele não concorda com tudo que digo, mas quando concorda, faz questão de deixar claro. Ele não me liga sempre, às vezes esquece de dar sinais de vida, não é adepto do "liguei só pra dizer que tô bem", mas às vezes do "liguei só pra dizer que eu te amo".
Não lota minha caixa de mensagens, não me manda emails fofinhos, não me marca no Facebook - mas me cutuca - não é muito fã de MSN e não tem twitter.
Ele não gosta muito de palavras, prefere ações. Ele não vai ler este post. Ele não vai entender porque eu tinha que escrever isto aqui, em vez de dizer a ele diretamente. Ele não é muito sensível aos problemas femininos, mas se esforça para entendê-los - ou contorná-los. Ele não gosta de Harry Potter - prefere zumbis. Ele não gosta de Lady Gaga - prefere Rock, e se possível pesado. Ele não gosta muito de livros - prefere jogos. Ele não é dado a demonstrações de afeto constantes. Ele não se importa com meus amigos do sexo masculino. Ele não tem ciúmes. Aliás, ele é tão tranquilo que me dá nos nervos.
Ele pode não ser muitas coisas, pode não ter gostos iguais aos meus, pode não ser comparável à maioria dos namorados que há por aí. Mas justamente por ele não ser é que eu posso dizer que ele é "meu namorado", porque ele se dispõe a ser meu.
Ele não é romantico, não manda flores, não escreve poemas nem é dado a grandes demonstrações de afeto - mas quando quer ser, ele me arranca lágrimas dos olhos e um sorriso de orelha a orelha. 
Ele não é um galã da novela das oito, mas tem um charme indiscutivel por ser tão simples, tão leve.
Ele não gosta de tudo que gosto. Ele não gosta de nada que eu gosto. Mas gosta de mim.
Ele não fica gritando aos quatro ventos que me ama e nem faz questão que todos saibam disso. Mas ele sempre diz pra mim, baixinho, com sinceridade.


Ele não se importa com as coisas pequenas que tanto me irritam. Ele se importa com o que realmente interessa: cuidar de mim, me respeitar, ser sempre leal e paciente. 

Então, que ele continue não sendo todas essas coisas. Eu vou continuar sendo tudo que sou e acredito que é assim que tem que ser: Ele me aceitou desse meu jeito que às vezes o tira do sério. E do meu jeito, eu o aceitei também, apesar de toda a diferença que devia já ter nos separado, apesar da distância que já devia ter nos afastado. E de pesar em pesar, vamos ficando mais fortes, aprendendo mais um com o outro, crescendo e amadurecendo nossa relação.
E nem tudo são "nãos". Somos muito divertidos juntos, ele me faz rir à beça, me enche de mimos quando estou triste, me ajuda sempre que caio em crises de indecisão e nem sempre pode estar aqui, perto - mas sempre que pode, ele arruma um jeito. 

E há tanto tempo era só isso que eu queria: amor sincero, verdadeiro, reciproco. E intenso. E hoje tenho. Há um ano eu tenho. Não sei o que será de nós daqui há mais tantos anos. Se é que eles existirão. Eu torço pelo sim. Mas que tudo que temos hoje só avance, só melhore. Só se engrandeça. 

Até a próxima! :*

4 comentários:

  1. Parabéns pela comemoração. E parabéns pela transparência sincera das palavras. muitos e muitos posts no blog em comemoração a esse amor, eh o que te desejo. beijos!

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    1. Ow, jujuba, que saudade de ti... Obrigada, flor. Desejo o dobro a vc.

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  2. Eu poderia te dizer: fica tranquila, miga... daqui há algum tempo vai melhorar... kkkkkkkkkkkkkk
    Mas o fato é que eles são toscos assim e a gente gosta... tanto que A GENTE aguenta eles por tanto tempo!!!
    Felicidades, Loh!
    E juízo!!!

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  3. Hahahahaha, ow, Sol, valeu! Pra vc tambem :)

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Diz aí :)

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