Hoje estava de bobeira aqui, um pouco adoentada, confesso, e deu muita vontade de retomar minha velha forma de ler dois, três livros por semana, que disse a mim mesma que leria o primeiro que encontrasse empacado em minha estante. Felizmente, o acaso pôs em meu caminho A Menina Que Não Sabia Ler, de John Harding (LeYa, 2010, 282 páginas). Na verdade, pedi esse livro emprestado há tanto tempo e só recentemente eu pude lê-lo de fato.
Você olha para a capa, simples, sem muitos floreios, e pensa logo "Ah, com esse titulo, provavelmente é um drama sobre uma garota que aprende a ler sozinha". Isso é o que se pensa também de A Menina Que Roubava Livros. A semelhança aparente de pensamentos ocorre também a medida que vamos lendo. E igualmente nas duas obras, as coisas tomam um rumo completamente diferente.
Florence é uma jovem esperta, que vive num enorme casarão no século XIX, quase como um castelo, o qual já não vive mais seus tempos de glória desde a morte dos pais desta e de seu irmão menor, Giles. Os dois vivem sob a tutela de uma governanta, a Sra. Grouse - que recebe ordens estritas do tio ausente dos irmãos - entediados na enorme casa velha e escura, com cantos ameaçadores e esconderijos que apenas os dois conhecem.
Devido à tradição da época, o tio (quase invisível) de Florence a priva de ter acesso à leitura, mas isso não impede que a curiosidade da garota a leve a esgueirar-se pelos corredores da enorme mansão e descobrir em seu interior uma biblioteca intocada, vasta e rica com os maiores clássicos da literatura. Florence aprende a ler sozinha, em segredo, refugiando-se na biblioteca da qual o irmão Giles a ajudava a manter segredo.
Florence cresce na companhia dos melhores companheiros que poderia ter, já que não interagia com ninguém mais além do irmão, e se apaixona por Shakespeare e Edgar Alan Poe instantaneamente, inventando artimanhas variadas para continuar lendo secretamente.
Contudo, a paz aparente na Blithe House é perturbada com a chegada de uma tutora para o irmãozinho de Florence, incapaz de se adaptar à nova escola distante de casa. A Srta. Whitaker era odiável, tão odiável que não houve um destino mais cabível a ela: a morte. Florence estava com ela na ocasião do acidente em que a preceptora morrera e isso lhe dá uma grande sensação de culpa. Mas tudo realmente toma corpo com a chegada de uma segunda preceptora, a Srta. Taylor.
Mas ela é uma mulher sinistra, de traços longilíneos e ameaçadores, com um sorriso bizarro que deixa a mente de Florence acostumada com os suspenses de Poe funcionando arduamente. E se inicia então uma aventura policial carregada de mistério e aventura em que uma garota de imaginação fértil tenta salvar o irmãozinho Giles das garras da ave de rapina Taylor, oscilando entre a realidade e a fantasia que os livros criaram ao redor de si, correndo contra o tempo para descobrir que terrível trama a Srta. Taylor está tecendo ao redor de Florence e Guiles.
A leitura é fácil, leve e intrigante, quando se começa a ler, é quase impossível parar - é uma narrativa ágil, instantânea como os pensamentos vão tomando forma na mente de Florence, acompanhamos os passos de todos, sempre nos perguntando que rumo a história vai tomar e o que, afinal, acontece no fim.
Eu li em apenas 5 horas, tamanha a curiosidade de saber que destino a arrepiante busca de Florence pela verdade por trás da Srta. Taylor, fantasma, assassina ou uma mulher muito, muito má. John Harding nos faz prender o fôlego a cada nova página, a cada novo capítulo. É uma leitura irresistível e imprevisível. Se inicia como um drama, se torna um suspense, passa pelo terror e no fim, tudo é uma grande aventura de arrepiar os pelinhos da nuca.
Queria sentar com vocês e ler em voz alta, mas por enquanto, recomendo muitíssimo a leitura e prometo continuar tentando voltar à velha forma de leitora voraz que sempre fui e, claro, trazendo minhas descobertas e impressões a vocês.
Até a próxima.
Você olha para a capa, simples, sem muitos floreios, e pensa logo "Ah, com esse titulo, provavelmente é um drama sobre uma garota que aprende a ler sozinha". Isso é o que se pensa também de A Menina Que Roubava Livros. A semelhança aparente de pensamentos ocorre também a medida que vamos lendo. E igualmente nas duas obras, as coisas tomam um rumo completamente diferente.
Florence é uma jovem esperta, que vive num enorme casarão no século XIX, quase como um castelo, o qual já não vive mais seus tempos de glória desde a morte dos pais desta e de seu irmão menor, Giles. Os dois vivem sob a tutela de uma governanta, a Sra. Grouse - que recebe ordens estritas do tio ausente dos irmãos - entediados na enorme casa velha e escura, com cantos ameaçadores e esconderijos que apenas os dois conhecem.
Devido à tradição da época, o tio (quase invisível) de Florence a priva de ter acesso à leitura, mas isso não impede que a curiosidade da garota a leve a esgueirar-se pelos corredores da enorme mansão e descobrir em seu interior uma biblioteca intocada, vasta e rica com os maiores clássicos da literatura. Florence aprende a ler sozinha, em segredo, refugiando-se na biblioteca da qual o irmão Giles a ajudava a manter segredo.
Florence cresce na companhia dos melhores companheiros que poderia ter, já que não interagia com ninguém mais além do irmão, e se apaixona por Shakespeare e Edgar Alan Poe instantaneamente, inventando artimanhas variadas para continuar lendo secretamente.
Contudo, a paz aparente na Blithe House é perturbada com a chegada de uma tutora para o irmãozinho de Florence, incapaz de se adaptar à nova escola distante de casa. A Srta. Whitaker era odiável, tão odiável que não houve um destino mais cabível a ela: a morte. Florence estava com ela na ocasião do acidente em que a preceptora morrera e isso lhe dá uma grande sensação de culpa. Mas tudo realmente toma corpo com a chegada de uma segunda preceptora, a Srta. Taylor.
Mas ela é uma mulher sinistra, de traços longilíneos e ameaçadores, com um sorriso bizarro que deixa a mente de Florence acostumada com os suspenses de Poe funcionando arduamente. E se inicia então uma aventura policial carregada de mistério e aventura em que uma garota de imaginação fértil tenta salvar o irmãozinho Giles das garras da ave de rapina Taylor, oscilando entre a realidade e a fantasia que os livros criaram ao redor de si, correndo contra o tempo para descobrir que terrível trama a Srta. Taylor está tecendo ao redor de Florence e Guiles.
A leitura é fácil, leve e intrigante, quando se começa a ler, é quase impossível parar - é uma narrativa ágil, instantânea como os pensamentos vão tomando forma na mente de Florence, acompanhamos os passos de todos, sempre nos perguntando que rumo a história vai tomar e o que, afinal, acontece no fim.
Eu li em apenas 5 horas, tamanha a curiosidade de saber que destino a arrepiante busca de Florence pela verdade por trás da Srta. Taylor, fantasma, assassina ou uma mulher muito, muito má. John Harding nos faz prender o fôlego a cada nova página, a cada novo capítulo. É uma leitura irresistível e imprevisível. Se inicia como um drama, se torna um suspense, passa pelo terror e no fim, tudo é uma grande aventura de arrepiar os pelinhos da nuca.
Queria sentar com vocês e ler em voz alta, mas por enquanto, recomendo muitíssimo a leitura e prometo continuar tentando voltar à velha forma de leitora voraz que sempre fui e, claro, trazendo minhas descobertas e impressões a vocês.
Até a próxima.
Que bom que você gostou desse livro, eu tenho muita vontade de lê-lo. Tá na lista há tempos e nada... Não conheço ninguém que tenha e mesmo assim quero comprar mesmo...
ResponderExcluirContinue escrevendo!
Abraços!
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Obrigada, de fato, recomendo muito a leitura! Continuarei :)
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