Oiiiiiiiiiiiiii!
Sentiram minha falta? Ah, mentira. Eu senti a de vocês. Muita! Não vou fazer um parágrafo cheio de desculpas de por que eu não escrevi aqui todo esse tempo (quase cinco meses), por que afinal de contas vocês vieram aqui pelo conteúdo e é isso que interessa!
[Mas a título de informação, eu realmente não tinha TEMPO]
[ Agora estou de férias :D ]
[ Eu vou tentar manter a regularidade dos posts. Prometo ]
POIS É.
Eu sempre acho muito legal quando encontro outras versões de coisas que eu gosto. Por exemplo: quando eu gosto muito de uma música e encontro versões cover dela tão boas quanto a original, é mais uma forma de continuar amando a mesma música, de um ponto de vista diferente. O mesmo acontece com filmes e livros que me apaixono.
Desta vez, a vítima foi o nosso detetive preferido, o Sr. Sherlock Holmes. Há uns meses, ganhei de presente o livro "O Xangô de Baker Street", de Jô Soares (Companhia das Letras, 2011 - originalmente 1995 - 185 páginas) que, como meu amigo que me presenteou disse, é a prova de que autores nacionais também escrevem fan-fics.
Imagine que na época do Brasil Império, o ilustre Imperador se vê às voltas com um pequeno incidente: presenteou uma querida "amiga" com um violino Stradivarius (o mais raro do mundo até hoje) e agora o fino instrumento simplesmente desapareceu. Imagine ainda que, inesperadamente, jovens moças aparecem mortas, cujo assassino sempre lhes corta as orelhas e deixa para trás somente uma corda de violino como pista.
Nos dois casos, você precisaria de um detetive competentíssimo, o melhor de seu ramo, capaz de detectar mal-feitores numa simples olhadela atenta. Quem você chamaria?
O nome que veio à sua mente também chegou aos ouvidos de D. Pedro II e do ilustre delegado de polícia Melo Pimenta: Sherlock Holmes. Claro que Jô Soares não poderia deixar de de registrar esse acontecimento histórico da vinda de uma celebridade tão ilustre às terras brasileiras.
Temos um Holmes treinado em um carregado português de Portugal interagindo com grandes personalidades brasileiras - de Olavo Bilac a Chiquinha Gonzaga - buscando pistas que levem ao misterioso ladrão de violinos e assassino de moças, entre um gole e outro de caipirinha e porções generosas de feijoada.
Jô Soares mistura ficção e realidade, sátira e homenagem, numa trama que retrata os passos do primeiro serial killer da história em meio a muito, mas muito bom humor.
Eu dei boas gargalhadas ao acompanhar a maestria com que nosso querido Jô viaja entre fatos históricos, políticos e culturais do Brasil, encaixando perfeitamente nos caminhos do desenvolto Holmes. A versão de Jô do célebre detetive de Conan Doyle deve ser encarada de mente e coração abertos, já que os fãs mais ferrenhos podem torcer o nariz. Mas levando na esportiva, a obra proporciona horas deliciosas de diversão.
Aproveitando o embalo dessa releitura de um clássico, deixo abaixo também outras versões mais recentes de Sherlock Holmes que dão uma cara nova e revelam facetas cada vez mais curiosas do querido personagem de mais de cento e vinte e cinco anos, mas continua atual como nunca.
O Xangô de Baker Street
Sim, o livro que acabei de mencionar foi adaptado para filme em 2001, dirigido por Miguel Faria Jr., numa parceria Brasil/Portugal. Na versão cinematográfica do Sherlock de Jô Soares, o ator português Joaquim de Almeida interpreta o papel principal, seguido do galês Anthony O'Donnel no papel de Watson. Além deles, vale destacar a atuação de Marco Nanini como Melo Pimenta, além de Maria Medeiros como a graciosa atriz Sarah Bernardt e muitos nomes do cinema brasileiro. Até o próprio Jô faz uma pontinha no filme, como o desembargador Coelho Bastos. Uma adaptação (super) fiel da obra.
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Elementary
A série da emissora americana CBS que estreou em 2012, e até momento conta com três temporadas, é uma versão bastante inovadora em que as histórias de Sherlock Holmes se passam nos Estados Unidos. Na trama, Johnny Lee Miller interpreta Sherlock, que na série é ex-consultor da Scotland Yard que se muda para Nova York e possui problemas de alcoolismo e drogas. Ele conhece a esperta Dra. Joan Watson, interpretada por Lucy Liu (sim, Watson aqui é uma mulher), com quem terá que dividir um apartamento. A partir daí, ela passa a acompanhar Holmes como consultor da polícia de Nova York. É exibida no canal pago Universal.
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Sherlock
Aqui, novamente, as histórias clássicas do detetive são trazidas para o século XXI, mas continuam em Londres. Sherlock é interpretado por Benedict Cumberbatch, e Martin Freeman é Watson (quer dizer, o dragão Smaug e o Bilbo Bolseiro de O Hobbit kkkkk). A série é britânica, exibida pela BBC desde 2010 e já tem três temporadas.
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Sherlock Holmes
Nos filmes dirigidos por Guy Ritchie, em 2009 e 2011 (O Jogo das Sombras), Sherlock é interpretado por Robert Downey Jr. e seu fiel parceiro ganha vida com Jude Law. As aventuras tomam lugar na Londres vitoriana, como nos livros, porém, ganham um toque mais cinematográfico, cheio de efeitos especiais e cenas de ação. Robert, como sempre, encarna o papel com uma pitada de sarcasmo e bom humor, e o detetive enfrenta dois grandes vilões em cada filme: Lord Blackwood, um maníaco que pratica magia negra envolvendo mulheres, e o Prof. Moriarty, que é o grande inimigo de Holmes nos livros.
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Mr. Holmes
Nesta novíssima versão, Ian McKellen, ator consagrado pelo mago Gandalf nos filmes da trilogia "O Senhor dos Aneis" e "O Hobbit" além do papel de Magneto em "X-Men", traz à vida o detetive em idade avançada, numa espécie de aposentadoria dos dias de glória. Vivendo uma vida tranquila na zona rural de Sussex, Inglaterra, numa vida pacata, mas ainda atormentado pelas lembranças de um crime antigo que não conseguiu solucionar. Ele resolve, assim, buscar uma solução para o caso, que pode ser o mais misterioso de toda sua carreira. O filme estreou mês passado no Reino Unido e este mês, nos EUA. No Brasil, a data de estreia ainda não foi confirmada.
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