14 de dezembro de 2014

Natal no Pottermore II - "Caldeirão Furado", "Florean Fortescue", "Caldeirões" e "Poções", por J.K. Rowling [Traduzido]

Como eu havia dito, na sexta, dia 12, J.K. postou um novo texto no Pottermore sobre a cidade fictícia onde as irmãs Evans e o Professor Snape cresceram. Como ela prometeu um texto por dia,vou tentar acompanhar assim que houverem novidades na plataforma potteriana. 

Mas ontem a fofa da J.K. publicou não apenas um, mas dois textos. E hoje publicou mais dois. Pensavam que ela estava de brincadeira? Os fãs agradecem! Seguem abaixo, na íntegra, os textos traduzidos por mim diretamente do Pottermore. 

O Enigma do Principe - Capítulo 6 - Momento 1

  • O Caldeirão Furado
O Caldeirão Furado é um pub londrino que fica apertado entre uma livraria e uma loja de discos na rua Charing Cross. A entrada principal do Beco Diagonal, onde bruxos, bruxas e outros compram artefatos mágicos, fica localizado atrás do pub.

Algumas pessoas discutem que o pub mais antigo de Londres é o White Hart na Drury Lane; outros dizem que é o Angel em Bermondsey Wall, ou o Lamb and Flag na Rose Street. Todas essas pessoas são trouxas, e todos eles estão errados. O pub mais antigo de Londres, como qualquer bruxo lhe dirá, é o Caldeirão Furado, na rua Charing Cross.

O Caldeirão Furado estava lá muito antes da Charing Cross ser sequer planejada; seu verdadeiro endereço é número 1, Beco Diagonal, e acrediat-se que foi construído em algum ponto doinício de 1500, como todo o resto da rua mágica. Criado dois séculos antes da imposição do Estatuto Internacional do Segredo, o Caldeirão Furado era inicialmente visivel para olhos de trouxas. O pub era, inicialmente, um lugar para bruxos e bruxas confraternizarem - ou londrinos ou estrangeiros que iam fazer compras dos últimos artefatos ou ingredientes mágicos - os trouxas não eram recusados nem ninguém os fazia sentir que não eram bem-vindos, embora algumas conversas, sem falar nos animais de estimação, faziam frequentadores desavisados deixarem o pub sem terminarem suas bebidas.

Quanto o Estatuto do Segredo foi imposto, o Caldeirão Furado, como grande instituição da bruxaria britânica que havia se tornado, recebeu dispensa especial para continuar sua existência como um refúgio seguro para os bruxos da capital. Embora insistindo que fosse encoberto por muitos feitiços poderosos de proteção, e que os frequentadores tivessem bom comportamento, o Ministro da Magia, Ulick Gamp, foi solidário com a necessidade dos bruxos de extravasarem sob as dificeis novas condições. Ele também concordou em dar ao então proprietário a responsabilidade por permitir a entrada no Beco Diagonal através de seu quintal, e as lojas por trás do pub também precisavam de proteção magica.

Para honrar a proteção de Gamp do pub, o proprietário criou uma nova marca de cerveja, Gamp's Old Gregarious, que tinha um gosto tão ruim que nunca se soube de ninguém que tenha terminado uma garrafa (há um prêmio de cem Galeões para qualquer um que o faça, mas ninguém teve sucesso em obter o ouro ainda).

O Caldeirão Furado enfrentou um de seus maiores desafios no final do século XIX, com a criação da rua Charing Cross, que faria com que o pub fosse demolido completamente.  O Ministro da Magia da época, o entediante Faris Spavin, deu um discurso melancólico no Wizengamot explicando porque o Caldeirão Furado não iria, desta vez, ser salvo. Quando Spavin sentou-se horas depois, tendo terminado o discurso, foi apresentada uma nota de seu secretário explicando que a comunidade bruxa havia ralhado, feito vários feitiços de memória (alguns dizem até hoje que a Maldição Imperius foi usada em diversos planejadores urbanos trouxas, embora nunca tenha sido provado) e que o Caldeirão Furado foi acomodado nos planos revisados para a nova rua. Certamente, os arquitetos trouxas envolvidos nunca entenderam por que deixaram um  espaço nos planos para os prédios, nem por que esse espaço não estava visível a olho nu.

O Caldeirão Furado mudou pouco ao longo do tempo; é pequeno e acolhedor, com pequenos quartos sobre o bar para viajantes que moram muito longe de Londres. É o lugar ideal para se atualizar nas fofocas bruxas se você vive a uma longa distância da vizinhança bruxa mais próxima.

Nota de JK Rowling - A rua Charing Cross é famosa por suas livrarias, novas e modernas. Por isso que eu quis que fosse um lugar onde aqueles que a conhecem fossem para entrar em um mundo diferente.

  • Florean Fortescue
Florean Fortescue, dono de uma sorveteria no Beco Diagonal, é assunto de uma trama-fantasma (uma narrativa que nunca entrou nos livros defnitivos). Harry o encontra em O Prisioneiro de Azkaban, onde ele descobre que Florean sabe muito sobre os bruxos medievais. Mais tarde, Harry descobre que um ex-diretor de Hogwarts se chamava Dexter Fortescue.

Nota de J.K Rowling - Florean é um descendente de Dexter, e eu originalmente planejara que Florean fosse o condutor das pistas que eu precisava dar a Harry durante sua busca pelas horcruxes, por isso estabeleci que se conhecessem bem antes disso. Nesse estágio, imaginei que Florean, com sua relevância histórica, tivesse informações sobre assuntos  diversos como a Varinha Mestra e o diadema de Corvinal, informações que passaram pela família Fortescue vindas de seu ancestral. Enquanto eu ia desenvolvendo o ponto mais próximo onde essas informações se tornariam necessárias, fiz com que Florean fosse sequestrado, intencionando que ele fosse encontrado ou resgatado por Harry e seus amigos.

O problema foi que quando fui escrever as partes chave de As Reliquias da Morte, eu decidi que Phineas Nigellus Black era um meio muito mais satisfatório de transmitir as dicas. A informação de Florean sobre o diadema também pareceu redundante, já que podia dar ao leitor tudo que ele precisasse saber entrevistando a Dama Cinzenta. No fim das contas, pareceu que eu havia o sequestrado e matado por motivo nenhum. Ele não foi o primeiro bruxo que Voldemort matou por que ele sabia demais (ou de menos), mas ele foi o único sobre o qual me senti culpada, por que foi tudo minha culpa.


O Enigma do Príncipe - Capítulo 9 - Momento
  • Caldeirões
Caldeirões foram usados antes por trouxas e bruxos de forma pareida, sendo um recipiente grande de metal para cozinhar que poderia ser suspenso sobre o fogo. Em tempo, pessoas mágicas e não-mágicas os levaram para fogões; panelas se tornaram mais convenientes e caldeirões se tornaram típicos de bruxas e bruxos que continuaram a fazer poções neles. Uma chama é essencial para fazer poções, o que faz dos caldeirões os mais práticos de todos.

Nota de JK Rowling - Caldeirões tem associação com magia há séculos.Eles apareceram em centenas de anos em figuras de bruxas, e também são onde os leprechauns guardam seus tesouros. Muitos contos de fadas e do folclore mencionam os caldeirões por seus poderes mágicos, mas nos livros de Harry Potter, são um utensílio muito comum. Considerei fazer com que a horcrux de Helga Hufflepuff fosse um caldeirão, mas havia algo levemente cômico e incongruente em se ter uma horcrux tão grande e pesada; Eu queria que os objetos que Harry encontrasse fossem menores e mais portáteis.Entretanto, um caldeirão aparecesse nas quatro joias míticas da Irlanda (seu poder mágico era que ninguém saía dele insatisfeito) e na lenda dos Treze Tesouros Britânicos (o caldeirão de Dyrnwch, o gigante, cozinhava carne para homens valentes, não para covardes).

  • Poções
Frequentemente pergunta-se se um trouxa poderia criar uma poção mágica, se tivesse um livro de Poções e os ingredientes certos. A resposta, infelizmente, é não. Há sempre algum movimento de varinha necessário para fazer a poção (meramente adicionar moscas mortas e asfodelo em uma panela sobre o fogo não lhe dará nada a não ser uma sopa de gosto horrível e muito nociva).

Algumas poções duplicam os efeitos de feitiços e encantamentos, mas alguns (por exemplo, a Poção Polissuco e a Felix Felicis) tem efeitos impossíveis de serem alcançados de forma diferente. Geralmente falando, bruxos e bruxas escolhem o método que acham mais fácil ou mais satisfatório para produzir o efeito que desejam. 

Poções não são para os impacientes, mas seus efeitos geralmente são dificeis de desfazer por alguém que não seja um perito em poções.Este tipo de magia tem certo misticismo e, por isso, status. Também há o perigo de estar sempre lidando com substancias nocivas. A ideia popular de um perito em poções na comunidade bruxa é de alguém de personalidade firme; Snape, de fato, corresponde ao estereótipo.

Nota de JK Rowling - Química era a matéria que menos gostava na escola, e desisti dela assim que pude. Naturalmente, quando eu estava tentando decidir que matéria o arqui-inimigo de Harry, Severo Snape, devia lecionar, teria de ser seu equivalente bruxo. Isso torna estranho que eu tenha achado a introdução de Snape a sua matéria muito convincente ("Posso ensiná-los a engarrafar a fama, cozinhar a glória, até por um fim na morte"), aparentemente parte de mim achava Poções quase tão interessante quanto Snape achava; e de fato sempre gostei de criar poções nos livros, e pesquisar os ingredientes delas. Muitos dos componentes das libações que Harry cria para Snape existem (ou acreditou-se que existissem), e tem (ou acreditou-se que tivessem) as propriedades que eu dei a elas. Ditamno, por exemplo, realmente tem propriedades de cura (é um anti-inflamatório, embora eu não recomende que você experimente); um bezoar realmente é uma massa tirada do intestino de um animal e realmente se acreditou um dia que beber a água em que houvesse um bezoar, poderia 
curá-lo de um envenenamento.
UFA! Quanta informação nova né? Gente, eu adorei! Deu um pouquinho mais de trabalho, afinal foi uma avalanche de textos para traduzir, mas está aí para vocês. Espero que tenha enriquecido muito mais seu amor por Harry Potter depois de tantas noticias fresquinhas. Para mim, só saber um pouco mais do processo criativo de JK Rowling  já é um presente imenso.

Vamos esperar as próximas!


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