Livros que Todo Mundo Abandona

Oi!

Hoje vi uma matéria da Revista Galileu com uma lista de 100 livros que todo mundo começa a ler, mas abandona. Achei muito legal essa pesquisa e resolvi vir falar um pouquinho sobre isso aqui no blog.

Eu não costumo abandonar livros. Gosto sempre de ler até o final, por mais chato que pareça. Às vezes eles nos surpreendem. Mas às vezes não. E isso eu gosto de constatar por mim mesma. Mas existem casos que realmente não dá para ler até o final. É maior que você, um impulso, uma incompatibilidade de gostos, uma impossibilidade de conversar com aquele autor. Não, não, não consigo! PUF! Abandonei! Somente nesses casos extremos eu consigo abandonar um livro (mesmo, de não pegar nunca mais). 

E vendo a lista da Galileu, eu vi que alguns deles eu TAMBÉM abandonei, como muitos leitores do mundo.Outros da mesma lista, eu CONSEGUI ler. E gostei muito.  Há muitos clássicos na lista, é compreensível que as pessoas não tenham tido muita paciência de ler. Mas há também fenômenos da literatura moderna. Então é bem variável. Segue abaixo a lista e, em seguida, alguns desses livros comentados do por quê eu comecei e não acabei ou por quê consegui ler. Os que não comentar, eu, é claro, nunca li.

*As opiniões são apenas comentários pessoais meus. É só que... Questão de gosto, né?

CEM LIVROS QUE TODO MUNDO ABANDONA

1. Ardil 22, de Joseph Heller
2. O Senhor dos Anéis (volume único), de J. R. R. Tolkien
3. Ulisses, de James Joyce
4. Moby Dick, de Herman Melville
5. A Bíblia do Rei James
6. A Revolta de Atlas, de Ayn Rand
7. Guerra e Paz, de Leon Tolstói
8. Anna Karenina, de Leon Tolstói
9. Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez 
10. O Silmarillion, de J. R. R. Tolkien
11. Wicked, de Gregory Maguire
12. Dom Quixote, de Miguel de Cervantes
13. Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski
14. O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Bronte
15. Os Miseráveis, de Victor Hugo
16. Orgulho e Preconceito, de Jane Austen
17. On The Road, de Jack Kerouac
18. A Vida de Pi, de Yann Martel
19. Grandes Esperanças, de Charles Dickens
20. Graça Infinita, de David Foster Wallace
21. O Hobbit, de J. R. R. Tolkien
22. Drácula, de Bram Stoker
23. Um Conto de Duas Cidades, de Charles Dickens
24. O Arco-Íris da Gravidade, de Thomas Pynchon
25. Jonathan Strange e Mr. Norrell, de Suzanna Clarke
26. Zen e a arte da manutenção de motocicletas, de Robert M. Pirsig
27. Lolita, de Vladimir Nabokov
28. Paraíso Perdido, de John Milton
29. Ilíada, de Homero
30. Os Contos de Cantuária, de Geoffrey Chaucer
31. Uma Confraria de Tolos, de John Kennedy Toole
32. A Divina Comédia, de Dante Alighieri
33. A Letra Escarlate, de Nathaniel Hawtorne
34. Coração das Trevas, de Joseph Conrad 
35. O Amor nos Tempos do Cólera, de Gabriel García Márquez
36. As Vinhas da Ira, de John Steinbeck
37. Os Versos Satânicos, de Salman Rushdie
38. O Apanhador no Campo de Centeio, de J.D. Salinger
39. O Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams
40. Uma Breve História do Tempo, de Stephen Hawking
41. O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder
42. O Senhor das Moscas, de William Golding
43. Desejo e Reparação, de Ian McEwan
44. Os Irmãos Karamazov, de Fiódor Dostoiévski
45. Vontade Indômita, de Ayn Rand
46. 1984, de George Orwell
47. Duna, de Frank Herbert
48. O Som e a Fúria, de William Faulkner
49. Retrato de um Artista Quando Jovem, de James Joyce
50. Almoço Nu, de William S. Burroughs
51. Finnegans Wake, de James Joyce
52. Jane Eyre, de Charlotte Brontë
53. O Nome da Rosa, de Umberto Eco
54. E O Vento Levou, de Margaret Mitchell
55. Entrevista com o Vampiro, de Anne Rice
56. O Historiador, de Elizabeth Kostova
57. Feira das Vaidades, de William Makepeace Thackeray
58. Frankenstein, de Mary Shelley
59. Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf
60. Walden ou A Vida nos Bosques, de Henry David Thoreau
61. Crepúsculo, de Stephenie Meyer
62. Odisseia, de Homero
63. O Caminho de Swann, de Marcel Proust
64. O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas
65. Comer, Rezar, Amar, de Elizabeth Gilbert
66. A Sociedade do Anel, de J.R.R. Tolkien
67. O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway
68. A Origem das Espécies, de Charles Darwin
69. O Código Da Vinci, de Dan Brown 
70. Os Pilares da Terra, de Ken Follett
71. A Mulher do Viajante do Tempo, de Audrey Niffenegger
72. Mulherzinhas, de Louisa May Alcott
73. A Cabana, de William P. Young
74. Gödel, Escher, Bach: Um Entrelaçamento de Gênios Brilhantes, de Douglas Hofstadter
75. Razão e Sensibilidade, de Jane Austen
76. O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald
77. O Processo, de Franz Kafka
78. A Menina que Roubava Livros, de Markus Zusak 
79. As Brumas de Avalon, de Marion Zimmer Bradley
80. As Aventuras de Huckeberry Finn, de Mark Twain
81. Middlesex, de Jeffrey Eugenides
82. David Copperfield, de Charles Dickens
83. Eragon, de Christopher Paolini
84. O Pêndulo de Foucault, de Umberto Eco
85. Filhos da Meia-Noite, de Salman Rushdie
86. Um Olhar do Paraíso, de Alice Sebold
87. Deuses Americanos, de Neil Gaiman 
88. Amada, de Toni Morrison
89. A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera
90. Laranja Mecânica, de Anthony Burgess
91. Por quem os sinos tocam, de Ernest Hemingway
92. Uma Comovente Obra de Espantoso Talento, de Dave Eggers
93. O Amante de Lady Chatterley, de D.H. Lawrence
94. A Revolução dos Bichos, de George Orwell
95. O Mestre e Margarida, de Mikhail Bulgakov
96. A Sangue Frio, de Truman Capote
97. O Emblema Vermelho da Coragem, de Stephen Crane
98. O Mundo se Despedaça, de Chinua Achebe
99. Cryptonomicon, de Neal Stephenson
100. O Sol Também se Levanta, de Ernest Hemingway

• Eu TAMBÉM abandonei:

1. O Senhor dos Anéis - eu gostei muito dos filmes, mas é bem raro eu gostar de ler fantasia épica. A escrita de Tolkien é bem complexa, não deixa de ser interessante, afinal, ele criou um universo inteiro com todas as suas ramificações. Mas o estilo de escrita e o gênero não me incentivou a continuar lendo.

2. Cem Anos de Solidão - eu até gosto do Garcia Márquez (Memórias de Minhas Putas Tristes é um dos meus livros preferidos), mas na época que li eu era adolescente e minha maturidade leitora era bem incipiente para a densidade do autor. Nunca mais tentei ler outra vez.

3. O Morro dos Ventos Uivantes - outro caso de filme que gostei muito, mas não encaro o livro. E olha que adoro literatura clássica, porém... Srta. Brontë não me cativou. Passei uns dois anos com esse livro emprestado e nunca passei da primeira página.

4. A Divina Comédia - há uns anos fiz aqui no blog um desafio para ler os livros empacados da minha estante e entre eles estava Eneida, de Virgílio. Então, A Divina Comédia sofreu forte influência daquela obra. E também é toda em versos. Louvável, Sr. Dante. Mas assim como Eneida, não consegui ler na íntegra. Eu me canso facilmente lendo um livro inteiro em forma de poesia. E o livro de Dante Alighieri tem que ser lido com toda calma e paciência do mundo... 

5. Breve História do Tempo -  sou entusiasta dessa galera que fala de astronomia e física. De verdade, eu sou uma grande admiradora de pesquisadores como o Sr. Hawking. Porém, não consegui adentrar na teoria dos buracos negros e tudo isso por que realmente é um livro técnico, embora o autor escreva de uma forma bem mais acessível. Ele está aqui na minha estante. Talvez um dia eu volte a ele. Talvez.

6. Entrevista com O Vampiro - quem não lembra do filme? Aquele sucesso dos anos 90 tem sua versão escrita com toda genialidade de Anne Rice. Mesmo sendo uma obra importantíssima na literatura de vampiros, é muito enfadonha a visão de Louis dos fatos. Abandonei, sim, por que iniciei O Vampiro Lestat e ficou tudo mais interessante. Louis é depressivo demais para o meu gosto. Deixe ele lá, um dia eu continuo.

7. Mulherzinhas - talvez seja a edição que eu tenho, parecida com um paradidático escolar, mas a história das irmãs Meg, Jo, Amy e Beth me pareceu levemente... Boba. É um livro muito importante da literatura americana por tratar da guerra civil, mas não consegui me interessar o suficiente.

8. Eragon - como no primeiro livro mencionado, eu não costumo ler fantasia épica. Sendo Eragon um grande título do gênero, ainda ofereci resistência a essa história de dragões do precoce Paolini. Eu sei bastante sobre esse rapaz graças a quase todas as minhas amigas que acompanham a série fielmente. Eu sou a barroca, vandguardista, que nunca conseguiu passar do primeiro livro. Fazer o quê, né?

9. 1984 - eu simplesmente perdi esse livro quando o estava lendo! Até hoje nunca retomei a leitura. Mas até onde li, era bastante visionário para a época que foi escrito e nos diz muito sobre nossa sociedade atual e suas formas de poder.

• Mas até que CONSEGUI ler:

1. Anna Karenina - tenho um amor indescritível por esse livro imenso, de umas 700 páginas, mas olha... Valeu a pena. Amei a escrita de Tolstói, lembro que fiquei obcecada pelos personagens por um longo tempo. Sou apaixonada por romances e esse me cativou em poucas páginas. Constantin é meu personagem preferido até hoje, numa trama que trata de tantas pequenas tragédias e questões filosóficas muito importantes. Até fiz post aqui no blog! 

2. Dom Quixote - gente, outro que sou suspeita para falar... A gente não sabe se lamenta ou torce pelo cavaleiro de La Mancha, e sus delírios - ou seria a realidade? É uma história apaixonante, que nos faz entender a importância de sonhar e entender o que nos motiva a continuar lutando. Espada em punho, sempre! Avante, Rocinante!

3. Os Miseráveis - chorei. Um dos poucos livros que realmente me fizeram chorar na vida. Só daí se tira o quanto mexeu comigo a história de Jean Valjean, da jovem Cosette, e a gente sempre encontra um vilão que acaba gostando, no caso o Inspetor Javert. Mas que livro lindo, que história fantástica. Uma lição de história entremeada por um drama impossível de abandonar. Como podem ter abandonado Os Miseráveis?

4. Orgulho e Preconceito - talvez por minha grande predileção por romances clássicos, mas não pude largar Orgulho e Preconceito desde que iniciei. Foi paixão instantânea. Jane Austen tinha uma ótimo senso de humor e as irmãs Bennet também são um encanto à parte. Preciso falar do Sr. Darcy? Não? Ok.

5. O Hobbit - taí, consegui ler um de Tolkien. Creio que por este ser o livro mais divertido, até arrisco dizer, leve, dos de J. R. R. Tolkien. Só pude ir até aí nas peripécias da Terra Média. Por que gosto muito do Bilbo, que personagem mais fofo! Haha

6. Drácula - foi uma batalha árdua, mas consegui. É um livro de leitura difícil, pois é todo contado em forma de diários dos diversos personagens e através de notícias de jornal, cartas e afins. Você mesmo vai juntando os pontos da história e formando na sua mente a imagem do temido Conde Drácula - que quase não aparece de verdade. Essa é a graça. Depende bastante do leitor formar sua interpretação dos acontecimentos. 

7. Lolita - polêmico, controverso, um livro sobre pedofilia ou sobre amor? Bem, hoje em dia, Lolita continua provocando debates, afinal, narra uma relação entre uma pré-adolescente e um homem de quase 40 anos, e do ponto de vista dele. Porém, é um dos meus livros preferidos pela forma como é escrito e é interessante acompanhar o que se passa na mente de Humbert em relação à doce Dolores. Reli recentemente, inclusive.

8. O Mundo de Sofia - indicado numa aula de (adivinhem) Filosofia, o livro é uma viagem pela história da filosofia, que é perfeitamente possível de ler por que, além de didático, trata dos grandes filósofos e seus pensamentos em forma de um romance. Ao mesmo tempo em que é uma aula de Filosofia, é também um bom entretenimento. 

9. Crepúsculo - li, sim. Não só esse como os quatro da série. Como eu sempre digo, tinha um potencial ali em algum lugar que foi se destruindo ao longo dos outros livros e de repente era só decepção. Um dos piores finais que já vi na vida. Mas não abandonei, para se ter uma ideia da minha fé na humanidade.

10. O Código Da Vinci - minha introdução no mundo de Dan Brown, é um livro bem instigante, nos faz querer descobrir cada segredo das sociedades secretas. Mas nunca me passou pela cabeça abandoná-lo. Seria pelos temas polêmicos? 

11. A Menina Que Roubava Livros - pára tudo, como assim abandonaram Liesel? Um dos melhores livros que já li até hoje, narrado pela Morte! No meio da Segunda Guerra Mundial! E a Liesel! A Liesel! Não aceito, não se pode abandonar um livro desses, e tenho dito. ;)

Bem, galera, esses foram meus comentários sobre essa lista muito interessante da Revista Galileu. E você? Que livros já abandonou? Com quais foi até o fim? Comenta aí!