28 de novembro de 2013

Iniciação Gamer II - "American McGee's Alice": O Jogo.

Estou aqui novamente com Alice, depois de ter prometido o post sobre o jogo em si, já que no último, fiz um apanhado geral da história (que poderia facilmente ter um livro só para si kkk). "American McGee's Alice" foi o segundo jogo que já consegui terminar ("zerar", desculpem gamers), até hoje, depois de "The Legend of Zelda - Ocarina of Time"

Eu não sou gamer há muito tempo, então se você veio aqui procurando informações técnicas sobre o jogo, desculpe, não darei muitas. O meu intuito aqui é mostrar como uma garota noob como eu se virou dando os primeiros passos no mundo dos games. O que é o foco aqui é a diversão. Então, vamos ao jogo e minha saga pelo País das Maravilhas, todas as pataquadas que fiz por lá e como arrumei um treinador bonzinho para me ajudar com o game *_*
Como vocês já conheceram a história, só contextualizando, Alice agora tem 16 anos e vive num hospício após um incêndio que matou seus pais e sua irmã quando ela era menor. Entre momentos de loucura e lucidez, Alice viaja para Wonderland e o jogo começa aí, quando ela volta ao lugar, procurando a poção que a diminuirá o suficiente para que passe pela "porta" (aquela pequenininha da história de Alice, sabem?).

Alice fica surpresa, porém, ao ver que o lugar está destruído e desolado pelos desmandos da Rainha Vermelha. Parece que ela tem muito trabalho pela frente.
  • Primeiros passos
A primeira coisa que precisei saber é que existia um mapa que me guiaria pelas fases do jogo. Isso é encontrado em vários jogos, de diversas formas. Mas o que me chamou a atenção não foi tanto o fato de existir um mapa, mas os nomes das fases (lugares como "Village of the Doomed", "Vale of Tears", "Dementia") e a aparência dele. Mas olha aí o mapa e vejam se não tenho razão: 
A primeira fase é na Village of the Doomed, onde Alice chega totalmente desarmada e temos a primeira aparição do personagem mais legal do jogo: o Cheshire Cat. Ele é como a Navii de "Zelda": sua função é dar dicas a Alice, "facilitar" suas ações. Digo entre aspas por que ele sempre fala de modo enigmático, de forma que leva você a refletir sobre o que ele disse e como aquilo se aplica à sua situação. E não se engane: ele não é engraçadinho
É nessa fase também que Alice encontrará sua arma principal, a Vorpal Blade (também presente na história de Lewis Carroll, a única capaz de matar o Jabberwock). Para um começo, eu estava bem.

  • Tropeçando, caindo e... Morrendo. 
Uma coisa que acontece sempre comigo é me atrapalhar toda com as armas e as direções. Sim, eu tenho péssima coordenação. Mas os jogos tem me ajudado muito nisso. E cá entre nós, é difícil se locomover quando tudo que você tem são dez dedos :/

Mas com Alice foi um pouco mais complicado, já que ela se move em várias direções (coisa que eu não estava acostumada com Zelda) além só de para frente e para trás e isso levou um tempo até que me acostumasse. Mas o pior mesmo é a morte. Sim, eu morri muitas vezes, mas muitas mesmo! Ainda bem que no game tem a opção de salvar a qualquer momento, por que se fosse apenas checkpoint (um local específico onde você pode salvar o jogo) ou não pudesse salvar, eu provavelmente teria voltado muitas outras vezes. Mas morri das formas mais mirabolantes - desde deixando o inimigo me atacar gratuitamente até caindo de algum lugar alto por descuido. Engraçado, não?
Um detalhe mórbido é que é muito divertido quando a Alice morre. Por que ela dá vários tipos de gritos diferentes. Por exemplo, se você só morre por um ataque inimigo e sua vida acaba, ela morre graciosamente, desfalecendo com a mão na testa e tudo (kkk). Agora se você cai de um penhasco em direção a um rio de lava, ela solta um grito desesperador. Às vezes, se o inimigo atira muito de perto, a cabeça dela explode. Quer dizer, não há nada mais lindo do que o bom e velho e destruído e bizarro País das Maravilhas.

Mas se aprendi alguma coisa é que pelo menos nos games, a morte tem jeito. 
  • Fases e Armas
O game tem pelo menos 8 fases diferentes e dentro destas, outros subníveis que precisamos passar. Para isso, precisamos de armas. E são nada menos que 12 armas diferentes. E acho que foi o que mais gostei!
Alice não pode vencer todos os vilões só com sua poderosa Vorpal. Em algumas fases você só vai ter a faca MESMO. Mas a cada nível ela vai ganhando armas e habilidades diferentes. O bom é que nas seguintes, dá para tentar outros ataques. Como é minha parte preferida, vale descrever as famigeradas. Segue a lista de armas:
  1. Vorpal Blade - uma faca que pode tanto ser usada em ataques corpo-a-corpo, como também atirada a certa distância. 
  2. Cards - são cartas de baralho cortantes, podendo ser atiradas uma por uma, ou várias de uma vez só, aumentando o poder de ataque.
  3. Mallet - referência ao taco de críquete da Rainha Vermelha, o Mallet é um bastão em formato de flamingo, que dá choques quando toca o inimigo. Também solta uma bolinha de críquete eletrificada para ataques a distancia.
  4. Jackbomb - Como o nome diz, é uma caixinha daquelas com um palhacinho dentro, só que ele explode quando atirado. Além disso, pode funcionar como um verdadeiro incinerador num ataque secundário. Usei muito essa *_*
  5. IceWand - é uma espécie de varinha de gelo, mas eu confesso que não usei-a muito. Isso por que só depois fui descobrir (depois, mesmo, quando já tinha acabado o jogo) que ela poderia ser usada como escudo também ¬¬ NOSSA, quase morri de raiva, podendo ter evitado tantas mortes... tsc tsc. Dica: teste sempre as armas quando ganhá-las.
  1. Jacks - elas parecem shourikens do mal que fazem um tipo de ataque guiado: você atira na direção que quer, e elas vão atacar o inimigo inclusive se você deixá-las lá fazendo o serviço e sai correndo. Já deu pra perceber que USEI MUITO (haha)
  2. Demon Dice - essa provavelmente é a mais criativa, embora uma das que mais consomem energia. É um dado que abre um portal para um demônio sair e dar uma ajudinha com os inimigos... Acho muito legal porque o demônio faz o serviço sujo e você se ocupa de outras coisas. Agora, o seguinte: não o invoque se estiver sozinha por acidente, por que ele VAI ATACAR VOCÊ! (nem preciso dizer que foi experiência própria).
  3. Jabberwock Eyestaff - Apesar do nome difícil, a arma é bem simples: é um cajado com o olho do Jabberwock (o monstro famigerado dos livros de Alice) na ponta. Não vou mentir, mas eu não fazia idéia de para que servia essa arma. Preguiça minha, mesmo. Mas ela foi útil para muita coisa e, na verdade, é a segunda mais poderosa do jogo. Ela gera uma descarga de energia que termina com uma explosão, então, cuidado com ela.
  4. Blunderbuss - a arma mais melhor de boa (VISH) de todas. É simplesmente uma espingarda que só tem um tiro. Mas é O tiro. Só que para atirar com ela, você precisa estar com a barra de energia bem cheia, por que ela consome tudo. Aí é sempre bom deixar essa pro ataque final. 
Como se não bastasse tudo isso, Alice encontra pelo caminho algumas vezes (quando enfrenta inimigos mais numerosos) uma "poção", a Histeria, que aumenta ainda mais a capacidade das armas usadas. Ela fica, literalmente, virada no capeta!
ALICE HISTÉRICA
As fases sempre contam com uma arma nova, de forma que quando você chega na última, quando Alice encontra a temida Rainha, já tem um arsenal e precisa ter muita sabedoria para decidir o que usar. Algumas fases são muito aterrorizantes, por mais que o gráfico do jogo não seja como os do de hoje, super reais. Eu tenho muito medo da Rainha e do Chapeleiro. O Jabberwock é simplesmente SINISTRO e o pior é que alguns vilões voltam para se vingar. Resumindo: dá medinho.

Além dos "chefões", os monstros que habitam Wonderland variam desde cartas de baralho que atiram bombas, passando por formigas-soldado gigantes, até fantasmas que te matam no grito, literalmente ( que raiva que fiquei desses gritos. Ficam ecoando na sua mente por horas depois de ouvi-los!) kkk
Sem falar que os ambientes de cada fase são um caso à parte: temos Alice andando por um imenso castelo em preto e branco, com peças de xadrez bloqueando o caminho, um labirinto cheio de armadilhas, uma sala imensa cheia de espelhos que, oh céus, eu rodei feito barata tonta para saber como sair de lá, além da fase final, a mais bonita, tudo em vermelho e potencialmente perigoso. 
De uma coisa não se pode reclamar: os cenários. AMA é um game muito bonito.
  • Afinal, qual é a de American McGee's Alice?
Depois de toda essa tentativa de explicar a vocês o que precisei passar para finalmente zerar o game, o que eu realmente queria dizer sobre ele é que eu adorei. Além de uma ótima história, posso arriscar em falar em termos mais técnicos para dizer que também tem jogabilidade nota 10 (para quem gosta de jogos do tipo Plataforma) e ainda é muito bonito visualmente, você percebe que há um grande artista (ou vários) por trás disso. 

Para quem, como eu, não costuma se arriscar muito jogando, foi para você que escrevi este post em primeiro lugar. Eu agora tenho tentado me aventurar por outros mundos e estou até me saindo bem. Se eu consegui, qualquer um consegue! AMA não é um jogo para menininhas. Ele é complexo e exige concentração acima de tudo. Com sua atmosfera dark e suas bizarrices, nos mantém atraídos por esse novo lado do lugar feliz que um dia Lewis Carroll criou - e que nem sempre foi tão feliz assim.
Eu o zerei este ano, há alguns meses, mas com um treinador diferente. Minha iniciação original foi com meu irmão, supergamer, e agora acredito que meu namorado super-supergamer ocupa a posição de instrutor. Ele teve toda paciência do mundo para me ajudar a jogar e por isso, sou grata. 

Bem, espero em breve jogar "Alice Madness Returns", sequência dessa primeira aventura e quem sabe salvo Wonderland mais uma vez? 
Alice Madness Returns ♥ Em breve no blog!



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