Entra, senta aí, deixa eu te contar...

Esses dias tem sido dificeis.

Eu ando pensando em tantas coisas diferentes que realmente tinha que vir aqui escrever, já que aqui despejo um pouco do que transborda em minha mente. E tem transbordado, já não há baldes e bacias que comportem meus pensamentos. E não sei se isso é bom ou ruim.

O namoro que teoricamente terminou, na prática, é mais uma amizade colorida. A faculdade que vem me fazendo oscilar entre a obrigação e a mínima afinidade, agora me confunde outra vez. O livro que escrevi me parece pequeno frente ao que quero escrever de verdade, ando descobrindo meu estilo, o que de fato eu quero escrever. Decidi que quero tentar o que gosto, correr atrás do que (e de quem) me faz feliz. Cansei de perder tempo, procrastinar, enrolar, mesmo. Quando, afinal, minha vida vai começar? Já começou. Eu que peguei o bonde andando. 

Agora eu ando assim, tropeçando, metendo os pés pelas mãos, suavizando a dor de um lado me apoiando numa estaca de outro. Sorrindo com a vida, mas ela rindo de mim. Tentando correr atrás, mas na verdade ainda há tanto pela frente. E na frente, me fazendo esbarrar. 

Mas eu realmente quero dizer em alto em bom som para a vida EU NÃO ME IMPORTO, PODE VIR! Muitos dos meus medos ficaram para trás há alguns anos. Muitas das minhas perdas me tornaram vitoriosa. Eu mal temo, senão a Deus. Ando tão ousada e corajosa que às vezes me olho no espelho e penso: "Lorena, é você?". Sim. Sou eu - eu que os tropeços e quedas transformaram, mas ainda sou eu. E eu quero   sair da inércia. Senão, permanecerei inerte até receber um empurrão, e quem sabe onde vou cair?

Por isso, estou tentando voltar para cá e dizer coisas que vocês gostam de ler. Este blog tem sido um espelho da minha vida e eu gosto que seja assim. Quero que vocês continuem acompanhando e vejam que a vida de vocês é até melhor que a minha. Que eu sou bem mais confusa que vocês. E que, afinal, podemos rir de tudo isso juntos. Ou pensar um pouco mais no que anda acontecendo.

Essa sou eu, a de sempre. Tudo bem, talvez não a de sempre, mas ainda aqui. Ainda tentando por em palavras o que vivo. E que vocês continuem lendo, senão, essas palavras não tem vida. 

Até a próxima!