5 de fevereiro de 2010

Introduzindo Anita Blake - "Prazeres Malditos", de Laurell K. Hamilton

Eu sou uma grande fã de uma série chamada Anita Blake. "Certo", você pensa, "Mas... Quem é Anita Blake? ". Tudo bem, tudo bem, eu entendo. Você e a torcida do Flamengo perguntam isso. Pior ainda é quando eu cito Jean-Claude e soltam a pérola unânime: "O Van Damme"? Eu reviro os olhos para o teto.


 Ninguém tem culpa se apenas o primeiro livro da série (de dezessete) chegou aqui no País do Carnaval e eu fui uma das felizes pessoas que teve acesso ao tal livro (valeu, Angélica). E como não sou egoísta, neste post e nos proximos mais alguns que pretendo escrever, quero divulgar a fama da minha diva do sobrenatural, Anita Blake, para que eu fique menos no vácuo quando falar dela, afinal, numa época de vampiros em voga, é hora da Executora entrar em ação.

Bem, dado principal: a autora é a escritora gótica americana Laurell K. Hamilton, que tem um estilo parecido com o de Anne Rice (quem pelo menos ouviu falar em Entrevista com o Vampiro, aí???). Ela publicou o volume um (Prazeres Malditos, ed. Rocco) em 1993 (!!!) e o decimo sétimo saiu tem menos de um ano. O segundo ainda não tem nem sinal de tradução por aqui, mas enquanto não chega (eu tenho fé em Deus), tenho lido os volumes originais e, olha, vale a pena, viu?

Tudo porque a história se passa numa St. Louis, Missouri, em que os vampiros foram legalizados e andam por ai se achando, como se fossem a ultima gota de sangue da bolsa. Eles têm até uma parte da cidade só pra eles, chamada Distrito, e mesmo uma Igreja, para atrair novos... seguidores. E para narrar o estilo de vida num lugar assim, entra Anita Blake, uma jovem de 24 anos (ou assim ela começa a série), que tem três ocupações muito curiosas: na Reanimadores, Inc. ela é uma reanimadora de cadáveres (para probleminhas com assuntos inacabados). Na polícia, ela é a expert em criaturas sobrenaturais (às vezes há crimes que humanos não são capazes de cometer). E para os vampiros, ela é A Executora, sabe como é, executora oficial de vampiros do Missouri, quando esses dentucinhos teimam em sair da linha. 

Vivendo sua vida, de vez quando aparece um pessoal querendo reanimar cadáver de trezentos anos, humanos começam a aparecer esquartejados e vampiros começam a rir na cara do perigo. E então a história vai ficando interessante.
Prazeres Malditos, o primeiro livro, parte da proposta que Anita recebe da vampira-mestra de St. Louis para investigar assassinatos de vampiros. Acontece que A Executora não ajuda vampiros. Ela... os executa. Mas é então que Anita percebe que Nikolaos não costuma receber "não" como resposta.

É nesse volume que as bases da série se formam, naturalmente. Nele, conhecemos o famigerado francês Jean-Claude, um vampiro  lindo maravilhoso  sedutor que é proprietário da única boate de strip-tease de vampiros do mundo, Prazeres Malditos. Não bastasse isso, ele ainda tem uma queda, não, um verdadeiro tombo por Anita e faz questão de que ela saiba, através de apelidinhos carinhosos como (ca-ham) "ma petite". Você se pergunta se ela gosta dele? Ah... Não. Por enquanto.
 Fora Jean-Claude, temos o mercenário chefe de Anita, Bert Vaughn, na Reanimadores, Inc., a dupla dinâmica do Esquadrão Assombração (força-tarefa da polícia para casos sobrenaturais) Sg. Dolph Storr e Robert Zerbrowski, o assassino de aluguel misterioso Edward Cullen Morte (os vampiros o conhecem assim), sem falar nos próximos personagens que estão espalhados pelos outros 16 livros da série e que lá fora fazem o maior sucesso.
 Anita Blake: Vampire Hunter ficou em primeiro lugar no The New York Times por ter uma protagonista que tinha tudo para ser estereotipada, mas acabou como uma heroína diferente. Anita é baixinha, e muito bonitinha, do tipo que todo mundo olha e pensa: "Olha, que gatinha". Mas na verdade, ela é faixa preta em karatê, treina judô de vez em quando, manuseia armas como ninguém e retruca para 99% do que dizem para ela. Pode parecer a típica Lara Croft, mas até que não. Ela tem um senso de humor impagável e um senso de praticidade feminina invejável. Aliás, Anita é mesmo bem feminina para alguem que só vive cercada por homens e tendo que superá-los para honrar o gênero. Durona, sim. Macho Girl, nem tanto.

Para você do sexo masculino, não saia correndo. A história atrai gente de ambos os sexos, até porque, hehe, a série ficou conhecida por seu alto conteúdo sexual. Já ganhou até adaptação para quadrinhos pela Marvel Comics (sim, ela mesma). Mas calma. Tudo bem escrito com a criatividade de Laurell, sem ser vulgar, tornando a leitura tão interessante que, quando você se der conta, já chegou no sexto volume lendo em inglês e letra miúda. Ops, essa sou eu!

Portanto, os livros são um prato cheio para quem gosta de suspense, ação, humor inteligente, uma pitada de erotismo e um mundo sobrenatural.Vale a pena acompanhar a solução de casos misteriosos, entender um pouco mais sobre criaturas sobrenaturais e ver a vida sob a ótica da esperta, inteligente e corajosa Anita Blake. Se Crepúsculo está fazendo sucesso, é porque alguém há um tempo atrás escreveu Anita Blake (e Drácula, diga-se).

Se você realmente se interessou, bem, faça como eu, procure os livros traduzidos livremente (ou, se seu inglês não é embromation, leia os originais). Um blog maravilhoso que encontrei foi o Romances Sobrenaturais (romsobrenatural.blogspot.com) que, além da série Anita Blake, tem outros livros tão bons quanto. Eu vou ficando por aqui. Não fique triste. Eu volto, e com mais de Anita Blake e suas peripécias, além de outras coisas que me passam pela cabeça. 

Até a próxima!

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